sábado, 10 de abril de 2010

Piti do professor de inglês - o retorno




A situação das aulas de inglês na nossa sala: os alunos não deixam o professor dar a aula, gritam, conversam, passeiam por aí; o professor não tem moral nenhuma, e passa 70 minutos das duas aulas que ele tem por semana dando sermão, que entra em um ouvido e sai pelo outro.

Hoje, depois de recebermos as provas, ocorreu uma discussão que trouxe mais uma vez à tona esse problema, e nos lembrou de problemas passados.

E eu refleti sobre isso, e trago aqui a minha opinião, e uma possível solução (que já foi apresentada em sala de aula, embora o professor não a tenha acatado).

Por que não conseguimos prestar atenção, ou levar a sério?
Eu digo com todas as letras que a culpa é dos professores de inglês do ano passado. Sim, professores, no plural.

Nossa primeira professora, que vou chamar de P1, faltava à maioria das aulas, e quando vinha, não dava droga nenhuma. E suas provas eram: “quais os animais citados no texto?” (sim, isso mesmo. E eu ainda me lembro de um deles: anaconda.), “o que o médico da Magali está dizendo?” (ela tirava isso da tirinha, aquela que já tinha dado em sala de aula e, surpresa, estava na prova também!).

Nós não aprendíamos nada com ela, só aquela coisa que qualquer criancinha já sabe, pronto. E foi assim até quase o final do ano, quando ela foi fazer uma cirurgia na garganta e saiu do colégio. Eis que surge a P2.

P2 era a professora dos cursos de inglês. Ela estava acostumada com pessoas que se interessavam pela matéria e prestavam atenção total à sua aula, e, ingenuamente, esperava que fôssemos assim também. Não me lembro de ela ter dado um conteúdo sequer, só sei que se demitiu, e disse que preferia dar aula numa favela.

Quando faltavam duas semanas para o ano acabar, surge a P3. Ela foi à melhor. Só deu tempo de ensinar Will, mas eu aprendi alguma coisa com ela.

Visto isso, dá para perceber que nós não tínhamos uma base boa para inglês, então chegamos a outro prédio, outro nível, e BUM! A prova é toda em inglês, as perguntas são difíceis, tudo completamente diferente daquilo com o qual estávamos acostumados.

Com o sermão que o professor começou a dar, lançou-se uma discussão. Teve uma pergunta que ele mandou transcrever os verbos, só. E quando recebemos a prova, surpresa, ele tirou dois décimos de quem fez exatamente o que ele pediu: transcreveu os verbos.

Minha professora de português até disse: faça o que eu peço. Se eu estou pedindo para transcrever, é apenas para transcrever, não para dizer: isso acontece tal hora, em tal canto.

E o professor teimou, e disse que queria uma frase completa, e que nós tínhamos a obrigação de saber disso.

Se ele não se interessou em ver o histórico da turma ano passado, o problema é dele, e ele nunca vai conseguir dar aula, por que estamos mal acostumados àquela folga, e duvido que a maioria que tirou nota ruim nessa, recupere na próxima.

Aqui vai uma dica para todos os professores que estão lendo isso (que não deve ser muitos já que professores tem mais o que fazer): por favor, dêem aula para os alunos que querem mesmo assistir aula, por mais que sejam apenas uns dois, porque nem em um sonho, de um sonho, em que um personagem fictício sonha, uma sala de aula de alunos do nono ano ficará totalmente em silêncio.

By: Gi
Conclusão By: Lê

2 comentários:

  1. Duas coisas: dêm maracujina ao professor; e segundo, prestem atenção na aula, o professor é tao vitima disso quanto vcs.

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  2. Hello girls!
    Sou professora e realmente tempo me falta, mas procurando algumas imagens acabei esbarrando nesse texto no mínimo interessante. Vocês me deram a dica de dar aula a quem se interessa. É uma boa dica, mas enquanto educadora penso que tenho que ensinar para todos, e que vocês que realmente querem aprender precisam nos ajudar a convencer aos outros que "não querem" a querer também. Os bons precisam sobrepujar os maus. adorei escrever aqui. Quando quiserem estarei no professoraclo@hotmail.com
    Abraços,
    Professora clÔ

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